Acidente #2.1: O best-seller de protesto de todos
Como a linguagem do romance Torto Arado nos afasta da humanidade das suas personagens
Obra pela artista visual Amanda Mafra.
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Acidente é uma publicação trimestral editada por Ivana Fontes e Mateus Borges.
Três anos após o lançamento de Torto Arado pela Todavia, a Acidente reabre o caso desse arrasa-quarteirões literário para a estreia da sua primeira edição ampliada.
✦ acidente / especial
Lucas Litrento
Com o verbo também nasce um pacto firmado entre o narrador e seus ouvintes, é por meio da linguagem que ambas as partes se acreditam e se relacionam. Essa crença torna real a possibilidade de que um amontoado de ossos e vírgulas também sinta, pois é do modo como as palavras são dispostas que surge a humanidade das personagens e que esses tipos deixam de ser sombras, passando a ganhar espaço nas nossas memórias afetivas. A solidez da forma que uma história é contada é como um grande carregamento de madeira que serve ao mesmo tempo de palco e fogueira. Essa concretude da narração não é oposta à busca pelo universal. Talvez as melhores adaptações de Shakespeare para o cinema tenham sido as realizadas por Akira Kurosawa; Grande sertão: veredas fez um jovem estudante alemão viajar para o Brasil e virar professor da USP; as palavras de Davi Kopenawa Yanomami reunidas em A queda do céu, antes de alertarem para o apocalipse próximo, mudam completamente a nossa forma de lidar com os sonhos. A universalidade de uma obra literária acontece justamente quando ela é construída de forma verossímil, quando o leitor/ouvinte sente verdade nas maiores mentiras narradas por um bom ilusionista.
Na prosa literária, a narração é a carta na manga do mágico. Se determinado romance é construído tomando como uma das bases a experimentação linguística, isso fica mais evidente, mas se o texto em questão foca no enredo e no entretenimento, às vezes a necessidade de uma narração bem escrita fica em segundo plano. É por meio da narração que a build desta terra estranha é construída. Desse modo, essa solidez constante nas obras que questionam e reformulam a linguagem também está presente em obras de teor mais comercial. Porque além dos desejos estilísticos e filosóficos almejados em cada livro, a forma é o elemento que nos abre à alteridade. Sentimos os últimos suspiros de Baleia não tanto pelo enredo, mas pelo modo como Graciliano Ramos escreve os sonhos derradeiros do pobre animal, de modo que tudo fica factível e que, no momento da leitura, também somos Baleia. A palavra se torna, enfim, travessia e espelho. E isso não é uma característica da obra de Graciliano ou do regionalismo de 30, por exemplo. Em toda obra que permanece há esse terreno aberto para o outro, é daí que consiste a força da ficção.
Na arte contemporânea, as discussões em torno do lugar de fala e da representatividade ampliam e problematizam a questão da alteridade, justamente pelos contrastes que apresentam. Por mais que o ato de se ver no alheio no momento do choque com uma obra de arte seja um movimento que nasce com o próprio fazer artístico, as vozes que hoje ecoam em ambientes antes monotemáticos fazem do mundo (e, consequentemente, do seu espelho) um palco onde todos nós podemos ser também o outro. Estamos diante de todas as línguas do mundo e “Toda obra de literatura é hoje inspirada por esse desejo”, como nos mostra o filósofo martiniquense Édouard Glissant. A diversidade faz do palco uma barca aberta, um lugar onde todos os caminhos se conhecem e se cruzam. Muitas vezes é esse o ingrediente principal que explica o sucesso de um livro.
O primeiro romance do escritor baiano Itamar Vieira Jr. é o maior caso de sucesso dos últimos anos na literatura brasileira. Vencedor dos prêmios LeYa, em 2018, Jabuti e Oceanos, em 2020 (a melhor combinação possível para um jovem escritor brasileiro), a história das irmãs Bibiana e Belonísia é um dos livros mais vendidos no país desde o seu lançamento pela editora Todavia, em 2019. Com ecos do regionalismo da Geração de 30, acompanhamos as vidas dessas duas mulheres, com aproximações de um romance de formação, a partir de um acidente que muda a vida da família. Já no primeiro capítulo, as irmãs brincam com um facão da avó, passam na língua, sentem o frio, se cortam; enquanto uma delas, de fato, perde a fala, a outra faz uma espécie de voto de silêncio por vários anos. Para além da tragédia, o acidente as une. Daí começa o texto, que acompanha os primeiros amores, os problemas nos casamentos, a luta pela terra enquanto a consciência da condição semiescrava faz aflorar ações organizadas e a forte presença da religiosidade de matriz africana. O romance mais falado desde então, o livro da quarentena, é muito bem avaliado pela crítica e pelo público. Não há apenas uma aura de admiração e paixão pela narrativa de Vieira Jr., mas gira em torno do livro certo ar de unanimidade. Pelo menos é o que vemos em jornais, mídias especializadas e redes sociais. Pensar Torto Arado é também analisar sua recepção nesses meios, o que nos faz discutir questões que vão da importância das premiações na vida de artistas independentes, até os modos de usar as redes sociais como meios de incentivar a prática da leitura em jovens e adultos. Voltando ao livro, vejo algo que se destaca durante a leitura e que senti falta de ver repercutido nos diferentes espaços que a obra chegou: um problema na sua linguagem.
Torto Arado é contado por 3 narradoras em primeira pessoa. Essa escolha para um romance de estreia já é, por si, notável pela complexidade, mas boas intenções nunca são o bastante. O que poderia ser o maior trunfo se torna o seu calcanhar de Aquiles. A história começa por volta dos anos 60 e vai até os dias atuais. Acompanhamos as irmãs Bibiana e Belonísia, as primeiras narradoras, respectivamente, vivendo os dramas da semiescravidão no sertão nordestino. Como um dos elementos centrais na vida das personagens principais é o Jarê, religião de matriz africana exclusiva da Chapada Diamantina, a terceira narração é de Santa Rita Pescadeira, uma entidade espiritual que acompanha a saga dos seus cavalos há muitas gerações. Há muitas coisas que unem essas personagens-narradoras: são (ou já foram) mulheres sertanejas; nutrem uma forte relação com a natureza; vivem procurando modos de fortalecimento, lutando pelo e com o coletivo; são, de fato, contadoras de histórias; por último e mais importante, são mulheres de raízes culturais afro-brasileiras, a ginga, o silêncio, a fresta, o mistério, tudo está imerso nos seus cotidianos. Ainda assim, são três pessoas distintas e é por isso que o principal problema do livro nos salta aos olhos de modo que nos afasta dos dramas das irmãs: as três vozes, antes de tudo, são muito parecidas. De tal modo que, em muitos momentos, mais parecem um narrador onisciente em terceira pessoa.
Ao ler um romance — por mais que seja um Rosa, um Woolf, ou até um Salinger —, gosto de esquecer a existência do ilusionista. E quando o texto é escrito em primeira pessoa, sendo um bom livro, chega uma hora que aquele narrador tem voz, carne e osso. Quando Bibiana, a irmã mais velha e primeira narradora, conta, no sétimo capítulo da primeira parte, que “Tio Servó chegou acompanhado da esposa, Hermelina, e dos seis filhos. Era a primeira vez que os via. Minha mãe estava emocionada, com a discrição de sentimentos que lhe era peculiar”, não consigo acreditar na sua existência. Aqui, não falo que só exista um modo de uma personagem sertaneja e semiletrada falar. Afinal, mesmo que eu goste de esquecer por um momento as cordas que regem as marionetes, estou ciente da existência do palco e de que a arte literária não tem obrigações com um registro documental (que o registro documental por si já é um recorte, que oralidade só se escreve no plural, etc.). Primeiro a invenção, depois a realidade. No entanto, por mais que o escritor tenha liberdade para encontrar o tom certo para suas personagens, a verossimilhança deve ser levada em consideração. O que percebo no livro são frases comuns a narradores oniscientes em terceira pessoa, mas estranhas aos de primeira pessoa. E indo mais além, percebo também o uso de palavras distantes do vocabulário sertanejo da segunda metade do século XX, mas próximas de uma redação acadêmica, como fica evidente no trecho em itálico da citação acima. Não falo de escolhas pessoais sobre estilo, mas da concretude das vozes que conduzem a história. Com isso, não puxo para o lado de que todo narrador em primeira pessoa fruto de tal realidade deva ser construído com a riqueza e multiplicidade sonora de um Riobaldo. A questão é que, da mesma forma que há um cuidado na diversidade imagética dos cenários (as vegetações próprias da região, as casas dos trabalhadores e as casas dos patrões, os rios e o modo como o ambiente próximo responde às secas), poderia haver também uma minúcia nas escolhas semânticas do texto. Vale destacar que a transmissibilidade natural das contações de histórias orais muito presentes no sertão nordestino e na cultura afro-brasileira permite o improviso, a diversidade formal e certo gingado que rege essas vozes.
Ainda no mesmo capítulo, diz Bibiana “No início, a que era a voz duplicada, a que falava pelas duas, cuidou, sem perceber, de instruir o primo de como poderia ser fácil entender os sinais que havíamos elaborado, sem o recurso de uma escola, para nos comunicarmos”. Está claro que o acidente funde as duas irmãs, incluindo as suas linguagens, já que uma delas, a que não corta a língua, decide não falar por anos. Mas, se tratando de narradores em primeira pessoa, temos acesso aos pensamentos, ao íntimo dessas mulheres. E quando conhecemos o desenrolar das suas histórias e vemos que cada uma tomou um caminho distinto, a permanência da similaridade das vozes se torna ainda mais sem sentido e fragiliza toda a história. Me parece, então, que não se trata de uma escolha estética, mas justamente da falta de uma.
“Nós compartilhávamos tudo sobre nossas vidas, nunca falamos sobre o interesse que passamos a sentir desde a chegada do nosso primo. Talvez houvesse o medo de nos desapontarmos mutuamente, já que era notório, para nós duas, o encanto que nutríamos por ele.” Nesse trecho, oitavo capítulo da primeira parte, Bibiana não apenas fala como um narrador onisciente em terceira pessoa, mas também carrega um tom burocrático em que o caminho mais formal e extenso é sempre o escolhido pelo autor.
Da primeira para a segunda narradora, o tempo não é a única coisa que muda. Antes, é preciso voltar ao primeiro capítulo. Por mais que o acidente tenha unido as duas crianças, trata-se de duas pessoas distintas, não é uma história sobre duplos nem espelhos. O caso do amor compartilhado das irmãs pelo primo inicia certa cisão (o distanciamento que se dá a partir desse fato é um ponto interessante nesse momento da narrativa). No entanto, o fato de só uma das irmãs ter perdido a fala já é elemento crucial nas escolhas de estilo da segunda narradora. Para além do óbvio (ser outra pessoa), Belonísia deveria narrar de modo diferente justamente pelas nuances próprias da sua condição. É como se o autor se perdesse na metáfora que criou, apesar de ser uma boa imagem que dá conta do tema do romance, que traduz muitas das nossas bandeiras atuais, o problema está no modo como é desenvolvida. No nono capítulo da segunda parte: “A figura de meu primo exercia de fato um encanto sobre mim. Mas nada que pudesse ser chamado de paixão. Havia uma admiração por ser mais velho, pela energia e pelo frescor que emanavam de seus gestos, de suas histórias e principalmente de seus atos. Severo tinha uma sedução natural, como os animais da mata que não cansavam de surpreender com sua astúcia. Nem sempre era o conjunto de atributos que o corpo mostrava, mas estava entranhado em seu movimento pelo mundo”. A mesma escolha de termos que soam, ora datados, ora exaustivos, não diferem Belonísia de Bibiana pelas suas próprias vozes. “Nem sempre era o conjunto de atributos que o corpo mostrava”, mais uma vez o tom burocrático nos afasta da conversa contada ao redor da fogueira, quem contaria uma história desse jeito?
O facão que corta as línguas das personagens é a própria caneta do ficcionista que as cria. As palavras de Vieira Jr. não me fazem acreditar, em momento algum, no coração daquelas mulheres. E se, como escreve Fanon, “falar é existir absolutamente para o outro”, as irmãs Bibiana e Belonísia não passam de embriões gestados mais como modelos de um discurso político do que efetivamente como personagens críveis e dotadas de humanidade.
Embora eu ache muito boa a escolha de Vieira Jr. de dar à entidade espiritual Santa Rita Pescadeira a voz para concluir a história, a fragilidade narrativa atinge seu ápice na última parte do livro. É como se essa escolha não passasse de uma tentativa infrutífera e o que vemos na verdade é um narrador em terceira pessoa com momentos em que emula a primeira pessoa. A linguagem burocrática e distante da Chapada Diamantina (as gírias e palavras locais, quando aparecem, não combinam com o resto da narração) se torna ainda mais fria quando passamos a ouvir uma personagem que observa o desenrolar da história. “O ar estava pesado e foi ficando difícil me mover, até que, tomada pelo estupor, fiquei completamente imóvel ante o inesperado”, no segundo capítulo da terceira parte. “Os agentes foram até as casas das pessoas que supostamente tinham visto o veículo em fuga. Anotaram a cor do carro. Os vidros escuros, disseram, eram um obstáculo para saber quantos e quem estava em seu interior. Perguntaram se notaram algo estranho nos dias que antecederam o crime e se Severo havia brigado com alguém. Quando os moradores responderam sobre os desentendimentos com o dono da fazenda, os policiais se deram por satisfeitos, não prosseguiram”, dois capítulos depois. Essa voz não é apenas de uma personagem que observa, mas de um espírito do Jarê, de uma entidade afro-brasileira. Ao contrário do que são as vozes dessas entidades, ou as vozes que costumam representá-las nas artes negras, não sentimos em Torto Arado a dimensão pela fresta, muito menos o segredo nem a ginga. Assim como Bibiana e Belonísia, Santa Rita Pescadeira é plana, apenas encosta numa voz, de fato, em primeira pessoa. Uma entidade não precisa contar como um repórter, como é o caso do último trecho destacado, ao ponto de falar “O inquérito, depois de muitas oitivas e diligências, findou inconcluso”, no penúltimo capítulo do livro. E como o problema narrativo é constante, não busco explicações pela fragilidade da voz do espírito na escolha de um estilo mais direto e acessível. O que é popular não precisa ser obrigatoriamente fácil, o que é uma literatura fácil, afinal?
Julio Cortázar, em Alguns aspectos do conto, diz “Cuidado com a fácil demagogia de exigir uma literatura acessível a todo mundo. Muitos dos que a apoiam não têm outra razão para fazê-lo senão a da sua evidente incapacidade para compreender uma literatura de maior alcance”. Não vejo em Torto Arado uma obra que se pretende acessível pela chave da humanidade das suas personagens. Muito pelo contrário, elas sofrem pela quantidade de pautas que tomam espaço no breve romance. A questão da autoconsciência quilombola atravessa os dramas individuais das irmãs e embora tudo esteja interligado, não vejo necessidade de que se atropele arcos dramáticos individuais em prol da construção do eixo político do livro. O machismo e a violência nos casamentos, bem como a gravidez precoce, pincelam a história como se saíssem de uma checklist. A figura de Severo é uma das mais arquetípicas, personagem de passagem, para compor mais temas importantes a serem apresentados no texto. Zeca Chapéu Grande é interessante, a escolha de contar sua história de forma não cronológica funciona, pena que é uma singularidade.
Se os problemas de linguagem no romance são tão visíveis, por que será que a discussão sobre a obra não é diversa nem caminha por esse sentido? Por que os likes homogeneizaram as opiniões declaradas de leitores e críticos? É claro que precisamos de textos literários que nos levem ao aprofundamento de questões políticas, mas se num romance que se pretende a isso não temos acesso à humanidade dessas personagens, algo se perdeu no caminho das boas intenções. Resultados em premiações válidas e importantes não blindam uma obra, o alto número de vendas não é sinônimo imediato de qualidade extrema. É claro que ver a discussão em torno das comunidades quilombolas atingir com sucesso um público diversificado me deixa feliz. Ver uma geração de jovens retornando à leitura de literatura brasileira e o presidente Lula dividir sua lista de livros é muito bom, mas nada disso é o bastante para um bom romance. O filme Cabra marcado para morrer, de Eduardo Coutinho, é considerado por muitos o melhor documentário brasileiro. Com forte teor político e apresentando uma mensagem direta, o longa usa o período ditatorial como elipse e liga temporal para contar a história de lideranças camponesas da Paraíba. Esse não é o único tema que aproxima o filme do romance de Vieira Jr., a protagonista do documentário é Elizabeth Texeira, também viúva de um líder político e também liderança e também mãe, como várias das mulheres em Torto Arado. No entanto, o filme não abraça o gênero da reportagem, em nenhum momento deixa de ser cinema, ou esquece que é regido pelas regras da linguagem cinematográfica. E é por isso que ele permanece vivo e sua mensagem continua ecoando.
No ensaio O romance de protesto de todos, James Baldwin atenta sobre os perigos e impossibilidades quando se coloca o estilo em segundo plano. “Argumenta-se que é preciso respeitar as prioridades, que o bem da sociedade vem antes das sutilezas de estilo e da boa construção de personagens. Mesmo se tal afirmação fosse incontestável [...], ela implica uma confusão insolúvel, já que literatura e sociologia não são a mesma coisa; e é impossível discuti-las como se fossem”. Por mais que determinado texto literário se embrenhe no gênero político, ainda assim será um texto, antes de tudo, artístico. E convenhamos que um alto grau de didatismo capaz de anular a humanidade das personagens subestima os leitores. Bom, é uma escolha, mas o preço é alto. Baldwin conclui esse ensaio afirmando que “O romance de protesto fracassa por rejeitar a vida, o ser humano, por negar sua beleza, seu pavor, seu poder, ao insistir que apenas sua categorização é real e não pode ser transcendida”. Qual o preço que se paga por uma obra necessária? O quão belo seria Torto Arado se Bibiana e Belonísia fossem verdadeiramente humanas? E se a linguagem do texto também expressasse a tridimensionalidade dessas personagens tão fortes e instigantes?
Cada vez mais nos vestimos de bom mocismo, de modo a cobrir nossas impressões sobre as artes com um véu obscuro de um conservadorismo. Primeiro: nós, progressistas, elegemos determinadas obras, de acordo com o seu didatismo e popularidade, como modelos do horizonte desejado. Segundo: determinamos a unanimidade. Por último: ninguém critica, quem não gostar é inimigo, é do outro lado. O resultado é essa fachada estanque, essa bandeira estática da democracia ocidental. Elegemos um representante por vez, pela manutenção do topo, pela briga de foice. A arte só tem a perder com a unanimidade em torno de uma obra, até porque, embora nas redes sociais e no círculo de investidores digam que não, ela é sempre falsa.
Torto Arado
Itamar Vieira Junior
Editora Todavia• 264 p. • R$ 62,90.
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Lucas Litrento é escritor, realizador audiovisual e produtor cultural. Publicou os livros Os meninos iam pretos porque iam (Imprensa Oficial Graciliano Ramos, 2019) e TXOW (EdiPucrs, 2020), semifinalista do Prêmio Oceanos de Literatura 2021. Também lançou, de forma independente o zine de poesia ROBYN (1TXW, 2020). Realizou o curta-metragem círculos (1TXW, 2020). É editor do selo multiplataforma Loitxa Lab e integra os coletivos artísticos Mirante Cineclube e Pernoite Literário. PRETOVÍRGULA, seu próximo livro, está no prelo.